domingo, 18 de setembro de 2011

Ventania: a voz


Soa belamente assombrada,
Ecoando por entre as fisgas,
Cantando por entre as folhas.
Ela parece uma voz encantada,
A de uma ninfa, cheia de intrigas.

Aterroriza, os que lá passam medrosos,
Excita a criatividade dos nossos artistas,
E dessa voz surgem os terrores literários,
Propagando a sua fama, aos sensacionalistas.
Deixando sarcasmo nos velhos sábios.

Malandrice não lhe falta,
Para esconder a sua natureza,
Fantasiando nessas mentes,
Assombrando com delicadeza,
Plantando medo como sementes.

Que vento brincalhão, que se faz de papão.
Mascarado pela lenda de uma bela feminina.
Atrai rebanhos para a sua simples ilusão,
E não quer saber: “ venham eles” diz o traquina.






Aos cobardes

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Segredo



No bater do teu coração,
Oiço a explosão da tua essência.
Em risos atordoados,
Começa a viagem pela ilusão.
Onde exploraremos a ciência,
De nossos corpos excitados.

Toda a brutal mágoa antiga,
Se perde em nossa entrega.
Pela qual nos damos com prazer,
Ao desconhecido, mas com prazer.

Contemplei esses olhos claros e alma magoada,
Ceifas modestamente o som pesado,
Para toda uma legião de fãs hipnotizada,
Fazendo o teu Headbang agitado.

Vi mais de ti, do que pensas,
Foste mais de ti do que pensas.
Oh…mas esse é o meu segredo,
E com ele, eu não tenho medo.


 
Não compensa a ausência, mas prova que não há esquecimento. Ainda ando por aqui...