domingo, 6 de junho de 2010

Sobrevivência

Uma espreitadela curiosa nesse novo mundo,
Coloca uma lágrima perdida no teu rosto.
Caindo para um grande abismo sem fundo,
Chorando pelo dia em que se perdeu todo o seu gosto.

Um coração imóvel, bloqueado pelos espinhos,
Que perfuram cada linha, cada traço de tecido.
Afinal, és tu e teu coração, ambos sozinhos,
Mas desta vez, tu não te encontras perdido.

Uma nova batalha se ergue na tua frente,
Cuja sobrevivência será a única regra.
E qualquer espada afiada que te faça frente,
Irá provar o sabor da derradeira perda.

Assim se faz um sobrevivente,
Assim se mancha a humanidade,
Cuja principal necessidade se tornou evidente,
Para, no mínimo, se conseguir alguma longevidade.