terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sobrevivendo

Quando me vejo sob um manto de escuridão,
Na mais lúgubre e amaldiçoada situação,
O orgulho emerge, dando-me discrição,
Na minha devastadora mágoa e desolação.


Foco-me naquilo que sou e fiz,
Naquilo que o destino não prediz,
E no porquê de ninguém ser feliz.
Enterro bem no fundo a minha raiz.

Porque assim estarei segura e orientada,
E pelas tormentas não serei arrancada,
E um escape terá a minha alma magoada,
Porque me recuso a ser uma condenada.

domingo, 2 de outubro de 2011

Intuição




Obrigada.
Por me presenteares com a tua presença.
Por me indicares os caminhos na escuridão.
Por me saudares quando eu não te vejo.
Por me protegeres quando estou em perigo.
Por fazeres parte de mim, por me fortaleceres nas minhas fraquezas.
Por me mostrares as respostas mais correctas.
Sou sortuda por te ter a meu lado, por me mostrares o que é a vida, a beleza, a magia, o amor e a sorte.
Quem não te conhece é porque não te aceita, quem te nega é por ignorância.
Mas tu, linda e pura, surges em cada lugar ou situação mesmo nas horas de maior cegueira.
Obrigada intuição por seres parte da mulher que há em mim.
Obrigada.

domingo, 18 de setembro de 2011

Ventania: a voz


Soa belamente assombrada,
Ecoando por entre as fisgas,
Cantando por entre as folhas.
Ela parece uma voz encantada,
A de uma ninfa, cheia de intrigas.

Aterroriza, os que lá passam medrosos,
Excita a criatividade dos nossos artistas,
E dessa voz surgem os terrores literários,
Propagando a sua fama, aos sensacionalistas.
Deixando sarcasmo nos velhos sábios.

Malandrice não lhe falta,
Para esconder a sua natureza,
Fantasiando nessas mentes,
Assombrando com delicadeza,
Plantando medo como sementes.

Que vento brincalhão, que se faz de papão.
Mascarado pela lenda de uma bela feminina.
Atrai rebanhos para a sua simples ilusão,
E não quer saber: “ venham eles” diz o traquina.






Aos cobardes

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Segredo



No bater do teu coração,
Oiço a explosão da tua essência.
Em risos atordoados,
Começa a viagem pela ilusão.
Onde exploraremos a ciência,
De nossos corpos excitados.

Toda a brutal mágoa antiga,
Se perde em nossa entrega.
Pela qual nos damos com prazer,
Ao desconhecido, mas com prazer.

Contemplei esses olhos claros e alma magoada,
Ceifas modestamente o som pesado,
Para toda uma legião de fãs hipnotizada,
Fazendo o teu Headbang agitado.

Vi mais de ti, do que pensas,
Foste mais de ti do que pensas.
Oh…mas esse é o meu segredo,
E com ele, eu não tenho medo.


 
Não compensa a ausência, mas prova que não há esquecimento. Ainda ando por aqui...

domingo, 19 de junho de 2011

Morte


Sou como uma brisa gélida,
Que veio ceifar a tua alma.
Contra o tempo, foi esta corrida,
Para me encontrares com calma.

Sou tão velha quanto a existência,
E tão presente quanto a inconsciência.
Pois apenas no final me conhecerás,
E aí, não me convences a voltar atrás.

Sou a vossa senhora das histórias,
Imaginada como multifacetada.
Nas religiões das vossas memórias,
Tentam me descrever detalhada.

Mas apenas no final da vida me encontrarão,
E por mais que tentem, para trás jamais voltarão.
Todos me conhecem, em meu nome, morte,
E um dia virei-vos buscar, até ao mais forte.

sábado, 11 de junho de 2011

Tempo, ladrão de presenças…


É na ausência do meu pequeno toque,
Que poderás sentir a minha falta.
Nas mais estranhas palavras obscuras,
Que parecem tatuadas no meu peito,
E eternamente gravadas neste blog.
A minha voz pode não ser tão alta,
Mas aqui revela as suas loucuras.
Mesmo quando desfeitas no seu leito.

Tempo, tempo mortal e perigoso,
Rola pela minha vida, tão curta,
Marcado pelo seu passo furioso.
Aliado ao seu fiel lado esquerdo,
A mim me faz escrava, em luta,
Pela vida que me corre nas veias.
Tempo e trabalho, unidos em teias,
Para o futuro talvez se revelar bem cedo.



AOS LEITORES:

Venho assim provar que ainda estou viva, apenas que com o estágio à porta se tem tornado difícil vir dar uma visitinha por aqui. Agradeço a todos os que me têm vindo a acompanhar no TDMN e peço-vos paciência, porque em breve voltarei com mais poemas e alguns contos novos.


AOS NOVOS SEGUIDORES:

Cherry e Nathgotica sejam bem-vindas ao TDMN. Visitarei os vossos blogs quando conquistar o aclamado tempo, para poder ler como deve ser que lá nos oferecem. Obrigada pela vossa presença. =D



Até breve!

domingo, 24 de abril de 2011

Otherkin



Tudo o que consigo vislumbrar nesses olhos é a invisibilidade,
Na mais densa multidão, tudo o que sinto é a solidão.
Sou tudo aquilo que não deveria ser, uma mera entidade,
Transbordando de irrealidade, sentido apenas o errado.
Venha a face mais bela, salientando a minha escuridão,
Nos braços deste desconhecimento vil e cerrado.

Não estou onde devia, vou morrer sem a minha missão cumprida.
Aquela hipnotizante luz, morreu no momento em que duvidei.
A alma abandonou o meu corpo, enquanto dormia. Estava perdida.
Criada à luz da besta, nela me tornei sob a sua consciência, nunca chorei.

Venha a voz humana, venha dizer-me o que já sei.
Mas não. Afinal, não o sei. Nem a voz humana o sabe.
Porque nesta melancolia de sentimentos me deixei,
E o lado mais pesado me consome, onde não mais cabe.

Sobra assim esta alma desgarrada,
Que por mais que lute, está abalada.
Por nela apenas existir o sonho,
E se apagar no mundo enfadonho.

Selo + Meme Literário

Peço desculpa pela ausência que se prolongou mais do que eu esperava. Foi uma surpresa deparar-me com este selo (que trás como “brinde”, um questionário) para o Toque da Meia-noite.

Obrigada Fowl! Porque, mesmo tendo os seus problemas com o tempo (afinal, quem é que não os tem, não é mesmo?) lembrou-se do meu blog. Não deixem de visitar o Nostálgico All Star Vermelho, acaba-se sempre por aprender umas coisitas interessantes. E aproveite para alimentar a sua Cultura Geral.


O Fowl e a Solyni ofereceram este selo "Aqui tem muitos segredos variosos"





Depois, vem o Meme, um questionário, ao qual irei responder:






1- Existe um livro que você leria muitas e muitas vezes sem se cansar? Qual?

Talvez, mas seja obra do destino ou não, ainda não tenho a certeza acerca disso! Mas indicarei os livros que mais gostei de ler até hoje, o mais provável seria ser um desses:

- A Guerra Dos Mundos, de H. G. Wells

- As crónicas Vampíricas, de Anne Rice

2- Se você pudesse escolher apenas um livro para ler o resto da sua vida, qual escolheria?

Teria que fazer uma pesquisa exaustiva, para tomar uma decisão dessas. Existem diversos livros, antigos que gostaria de ler. Monstros enormes que par os deslocar seriam precisos várias pessoas. Mas acho que seguiria a linha de pensamento da Solyni, escolheria um livro grande. Não sei se seria a bíblia (que quer queiramos ou não, é um dos livros que mais mistérios esconde), mas certamente seria um livro antigo.


3- Indique um livro para que os outros possam ler.

Um livro é como uma pessoa. Assim como as pessoas apresentam diversos tipos de personalidade, um livro pode apresentar diversos tipos de temáticas ou segredos. Por isso esta é uma pergunta de resposta complicada.
Talvez, visto que anda por aí uma onda de vampiromania e para lembrar, aos fãs de vampiros, de uma era pré-twilight ou pós-twilight, é indiferente, a primeiríssima história de vampiros, a origem e o pai inspirador de todas as que surgiram depois: Drácula, de Bram Stoker.



4- Indique dez blog para responder esse Meme (e receber o selo).


Não consigo referir 10 blogs, mas indicarei aqueles que leio mais afincadamente e os que me inspiram. Consequentemente, terei que referir alguns que já têm o selo, (peço desculpa por isso):
- Volúpias de uma Succubus (Solyni);


- Minha história em silêncio e solidão (Solyni)


- Nostálgico All Star Vermelho (FOWL & Companhia)


- Rart og Grotesk (Rart og Grotesk)


- Lord Daniel Salem, Príncipe da deusa Nyx (Lord Daniel Salem, Príncipe da deusa Nyx)


- Terza Rima (Amber & Fenandez), seria também um indicado, caso tivesse prevalecido. Era um blog com escritores dotados de técnica e sem dúvida inspiradores.


5- Link o blog que te indicou.

Não vou indicar 1, mas 2, porque foram eles que me indicaram. Inspiradores, cada um à sua maneira. Dos quais aconselho a leitura, seja pela magnificência das suas palavras, pela explosão criativa dos seus contos e textos (Minha história em silêncio e solidão (Solyni)) ou pelo tempero especial que se dá ao relembrar/transmitir aquele velho conhecimento com a doce cobertura da nostalgia (Nostálgico All Star Vermelho (FOWL & Companhia)).









terça-feira, 8 de março de 2011

Dúvida

Como pode a vida ter um efeito tão devastador?
A alma procura a sua forma corpora onde ela não existe,
E algo mais obscuro apodera-se, carregado de terror,
Pesando de forma tão forte, ali, naquele lugar persiste.

As duvidas surgem como granadas irreversíveis,
Procurando respostas com uma insanidade frenética.
Ninguém pode compreender se há alternativas possíveis,
Nada ali, pode surgir como uma esperança benéfica.

Apertos e pressões, sôfregos pelo ar e descanso,
Uma ideia, ou sentimento, nenhum será manso.
Todos carregam a lamuria e a chama dolorosa,
De toda aquela estranha sensação ferrosa.

Não há anjos ou demónios, só uma mente confusa,
Cuja probabilidade de um dia encontrar cura,
É tão mínima quando as suas respostas. É escusa.
Só o desejo persiste, como irá acabar a luta?

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Além Misterioso


Sinistramente, viver é envelhecer,
É saudar a morte com proximidade,
É orar pela máxima plenitude,
É fazer pela recompensa do prazer.

Querer morrer, é querer saber,
Da curiosa sedução que emana a alma.
Porque conhecê-la dá poder,
E desenvolve a tenebrosa calma.

Sente-la pulsar no peito,
Sente-la vibrar na mente,
Ideia recheada de defeito, 
Perdura como uma semente.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Dor

A vida é tão aborrecida que a faz querer morrer.
Toda a sua alma sucumbe à pressão com devaneios tolos.
Questões absurdas que bombardeiam a sua mente,
E provocam o esquecimento daquilo que tem a fazer.
Palavras loucas que se soltam muito lentamente.

A lágrima irada, abandonada e desfalecida num rosto.
Um rosto que outrora fora risonho, cheio de luz.
Agora é fruto daquela mágoa dum coração descomposto.
E o que é da alma, aquela bússola que a conduz?
Pouco consciente e desnorteada, ela se desfaz.

Aquela solitária criatura, no vazio se aconchega,
No sofrimento se reconforta, e na escuridão se esconde.
A palavra não tem mais significado para ela.
Emoções ruins e desconfortos, tornam-na meiga,
E de todos os seus detentores, ela será sentinela.

 
O meu primeiro post do ano...
Já estou a fomentar uma nova história para contar...espero conseguir acába-la em breve ;)