Como bons curiosos, dotados de uma coragem timida, alguns adolescentes queriam testemunhar uma transformação ou, pelo menos, uma pequena prova visual de que o senhor Carmo era de facto um lobisomem. Assim, faziam-lhe esperas até que ele saísse de casa, para o seguir.
- Olha. – Disse uma rapariga. – Lá vem ele. – Tinha uma franja recta, sob seus grandes olhos azuis, tapando suas sobrancelhas, ainda se notava o seu olhar assustado e fixo no vulto negro. Agarrou o braço de Telmo, o seu namorado, estavam subidos num monte de lenha cortada, por detrás dos muros da casa do seu avô. Observando silenciosamente. Haviam mais três adolescentes a seu lado. A sua melhor amiga e mais dois rapazes, amigos dela e de Telmo.
- Vamos atrás dele. – Disse Telmo, saltando de cima da lenha e indo em direcção ao portão.
- Vocês têm a certeza de que querem fazer isto? – Perguntou Eliana, a outra rapariga. Descendo do monte de lenho com a ajuda de um dos rapazes.
- Claro. – Telmo bufou. – Achas que perderia a noite aqui parado para depois não fazermos nada? – Olhou para o senhor Carmo que desaparecia no fundo da rua. – Vamos. Ele está a ir embora.
- Catarina? – A ela apelou, olhando-a com medo.
- Não te preocupes, estamos com eles. Mesmo que as coisas corram para o torto estamos bem protegidas. – E lançou um sorriso amoroso para Telmo. Ele agarrou-a pela cintura.
- Disso, podes ter a certeza. – E deu-lhe um beijo sufocante.
- Opa! Deixem-se disso. Vamos mas é ao que interessa. – Disse o rapaz de cabelos loiros, começando a correr em direcção de onde tinha visto o último cão desaparecer,
Atravessaram a vila de um lado ao outro, sempre seguindo o Senhor Carmo, com apenas alguns metros de distância. Procuraram não falar, para não serem ouvidos. Quando entraram numa rua mais vazia, que na maioria era rodeada de Oliveiras e uma ou outra casa que surgiam de entre elas, o senhor Carmo desviou-se da estrada, enfiando-se no Olival.
- Ei! – Disse em voz baixa Telmo. – Vamos depressa antes que o percamos de vista. – Os cães começaram a ladrar. Catarina apertou-lhe o braço.
- É melhor não. – Ela disse. – Ali está muito escuro, nós não trouxemos lanternas, nem nada.
- É. E ali já não há ninguém que nos possa acudir se estivermos aflitos.
- O quê? – Disse Telmo. – Está uma Lua excelente, até conseguimos ver as nossas próprias sombras no chão. – Depois olhou com confiança para Eliana. – Não sejas tão insegura, nós também te protegemos. Mesmo que tu sejas uma chata.
- A mim não me apanhas tu no Olival. – Respondeu-lhe. – Isso já vai para além da minha curiosidade. – Depois olhou para o resto dos amigos. – Se calhar de vez em quando deveriam dar ouvidos a esta chata!
- Mais alguém se quer cortar? – Lamuriou Telmo. – Já falta pouco para vermos o que queremos. – Um uivo cortou o ar. Os cães começaram a ladrar desalmadamente. Catarina apertou o rosto contra o ombro de Telmo.
- Eu vou-me pisgar daqui para fora. Boa sorte com a vossa perseguição! – Eliana começou a correr em direcção à urbanização.
- Telmo. Vamos embora, por favor! – Disse Catarina quase histérica, com lágrimas nos olhos. Telmo olhou para os outros dois rapazes que estavam com eles. Ambos pareciam assustados. Ouviu-se um grito de desespero, carregado. Era o senhor Carmo. Catarina começou a puxar o braço de Telmo.
- Vamos mas é sair daqui para fora, depressa! – Catarina voltou a apelar a Telmo, dando outro puxão no seu braço, para que ele cedesse. Telmo suspirou de impaciência.
- Se quiseres podes ir ter com a Eliana. Eu vou continuar em frente. – Deu-lhe um beijo nos lábios. – Vemo-nos amanhã na escola! – E foi em direcção à entrada do olival, num passo apressado. – Vocês vêm? – Perguntou aos outros dois, que olhavam para ele abismados.
- Sim. – Disse o rapaz loiro, indo ter com ele.
- Esperem. – O outro rapaz acelerou numa corrida para os tentar alcançar. Catarina ficou por alguns segundos, vendo-os a afastar-se. Mas voltou para a aldeia, temendo por eles.
momento oportuno para que algo ocorra na sequencia. gostei muito.
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AQUI EU DENOVO O LOBISOMEN NEGRO GENTE SABE SI O MUNDO SOUBE-SE MAIS UM POCO SOBRE NÓIS LOBISOMENS IRIAM MUDAR DE IDÉIA NÓS SOMOS DO BEM MAIS NOS DESCONTROLAMOS DE VES ENQUNADO ISSO É VERDADE MAIS O MUNDO ACHA QUE SOMOS UMA MALDIÇÃO UM MONSTRO DE SANGUE FRIO NÃO NÓS SOMOS DO BEM POXA GENTE QUEM QUISER CONVERSSAR COMIGO AQUI MEU MSN LEONARDO1994_LOCO@HOTMAIL.COM ATÉ VOU PRO SUB MUNDO AGORA CAÇAR UMAS CRIATÚRAS ESTRANHAS FUI ATÉ MAIS TARDE
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