segunda-feira, 8 de março de 2010

O ódio na obscuridão

É a sombra das nossas emoções
Que define os nossos corações.
São as sombras das nossas vidas,
Que definem se elas estão perdidas.


Laminas que nos ferem,
Não sabem o quanto fedem.
Não sabem o quão lixo são,
Quando me tocam no coração.

Ódio é uma palavra forte,
Mas não é forte o suficiente,
Para ultrapassar a morte,
Ele é apenas sobresselente.

É a imensa dor e a forte raiva unidas num só,
Envoltas e misturadas em um grande nó.
Perdidas e desiludidas nos confins da consciência,
Fazendo-se ouvir num pedido de clemência.

Como é bela a escuridão…
Faz-me sentir no vazio.
Ali não há brusquidão,
Apenas um corpo sombrio

Imerso no mais profundo nada,
E assim como a visão,
Jamais ali serei encontrada,
É como se fosse menos uma desilusão.

O ódio perde-se ali,
E eu fico sem nada,
Um velho e antigo mal,
Que já não me amarga.

Retirando a beleza e nutrindo-se dela,
Expelindo fora todo o ódio,
Essa é a minha escuridão,
Tão submissa e tão bela,
Ela leva a minha solidão

2 comentários:

  1. Suas rimas me apavoram de tão bem montadas... =O
    Ficou...Magnífico!A forma como trata da escuridão e do ódio deixam-nos mt mais sombrios, como se não houvesse medo, e nós tivessemos todo o tempo do mundo para dizer cada palavra do poema...Bravo!
    bjks
    ╬♥╬

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  2. Olá!

    Gratíssimo pelo comentário no metro quadrado das artes.

    Volte sempre!

    Abraço brasileiro.

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