Embora
possa parecer natural para uns, parece utópico para outros. A resistência que
se cria mediante esta palavra ergue obstáculos danosos ao ser, manifestações
que se tornam inclusivamente físicas, desequilibrando uma das dimensões da
vida.
Mas
o que é o amor afinal?
Amor
é o olhar para nós no mundo e sentirmo-nos parte dele. É absorver a beleza
exótica de cada animal, de cada comportamento, de cada situação. É o sorrir
para este universo que se interliga sensualmente em acasos e propósitos dignos de
uma peça de arte imortal.
Amor
é sentir o fluxo de energia percorrer o nosso corpo, nossa alma. É a queda de
uma lágrima humilde, que se evapora, e seca ao mesmo tempo no rosto que
percorre, deixando um pouco de si em todas as direções.
É
o amor, uma ponte formosa entre nós e a vida, uma visão morosa que nos
equilibra, ser feliz ou triste, mas sentir o fogo com que o corpo gela a alma.
Um tempo, que se difundiu sem sentido, porque o que importa está ali mesmo, sob
a mais pura forma de amor.
Sente-se
no olhar, no toque, no meio de uma melodia, ou no deslizar de uma caneta sob o
papel. Sente-lo na luz que beija o objeto, fazendo-o radiar as mil cores que o
constituem. Amar não é só o outro, o nós ou físico. Amar é toda essa união, uma
visão sentimental que mata tudo o que é desagradável. Vai desde o ar que te
entra nos pulmões, oferecendo uma pequena componente que possibilita toda essa
vitalidade em teu corpo físico, como no teu corpo sem vida que se entrega à
terra, diluindo-se nela sob outra forma de vida.
Amar
é ser uniplural.
Simplesmente e lindo :)
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